quarta-feira, janeiro 10, 2007

Livros que li em 2006

1 - C. S. Lewis - Screwtape letters (cartas de um demônio a outro tratando das melhores armas para tentar um humano)
2 - Ronald Dahl - Matilda (bobinho, mas gostoso de ler)
3 - Elizabeth Kostova - O historiador (pra quem gosta de livros, histórias e a lenda do conde Dracula, um prato cheio).
4- Jacques Le Goff - São Francisco de Assis (bom, porém curto demais)
5 - Luis Fernando Veríssimo - Banquete com os deuses (divertidíssimo)
6- Stendhal - O vermelho e o negro (poucos gostaram. Eu estou entre eles)
7 - Donald Prater - Thomas Mann: uma biografia (bastante iluminador do cotidiano de um grande escritor)
8 - David Seltzer - A profecia (apocalíptico)
9 - James Joyce - Ulisses (meu favorito neste ano, suas mais de 800 páginas merecem ser desbravadas novamente, apesar do texto intrincado. Num futuro não tão próximo, claro).
10 - Michael Ende - A história sem fim (delicioso, voltei a ser criança!)
11 - Ray Bradury - Fahrenheit 451 (a idéia de que os livros num possível futuro não passariam de objetos semeadores de dúvidas e problemas, portanto devendo ser destruídos, não é, infelizmente, uma novidade na história da humanidade.
12 - Patricia Cornwell - Portrait of a killer: jack the ripper, case closed (bom livro, misturando narrativa e descrições ciêntíficas)
13 - Lucio Cardoso - Cronica da casa assasinada (teor psicológico altissímos, porém ficou abaixo do esperado para mim.)
14 - Robert Louis Stevenson - O médico e o monstro (como um livro tão curto pode ser tão bom?!? Uma das minhas boas surpresas do ano)
15 - William Golding - O senhor das moscas (ótimo livro, cheio de alegorias e símbolos. Vai fundo na alma humana. Não é a toa que tal autor ganhou o prêmio Nobel de literatura.)
16 - Carlos Fuentes - A morte de Artemio Cruz (demorei pra "entrar no espírito" do livro, mas a partir daí, foi como se tivesse desvendado um enigma que parecia complicado, mas na verdade era genialmente simples. A narrativa em três fases temporais é muito inteligente, apesar de ser um pouco complicado de início)
17 - Jo Soares - Assassinatos na Academia Brasileira de Letras (tá bom, eu sei, é bobinho, mas serve pra esfriar a cuca num fim de semana)
18 - Erico Verissimo - O retrato (2 vol. De O tempo e o Vento) (continuando à altura a primeira parte)
19 - Conan Doyle - O vale do terror (ótimo. "Elementar meu caro Watson".
20 - Italo Calvino - Se um viajante numa noite de inverno (bom, mas tem que gostar muito de ler e tem que estar no "clima". Eu no caso, estava e adorei.)
21 - Ariano Suassuna - O romance da pedra do Reino e o principe do vai e volta (um dos melhores romances brasileiros que já li, tipo Dom Quixote do sertão, com muita cultura popular nordestina. Tenho que ler o seguinte e dizem que o último da trilogia está no forno.)
22 - Agatha Christie e outros - A morte do Almirante (previsível)
23 - Flan O' Brien - O terceiro tira (Li porque citaram no Lost e acabei achando muito bom. Psicodélico)
24 - March Bloch - O oficio do historiador (ossos do ofício)
25 - Joseph Bedin (adap.) - O romance de Tristão e Isolda (dragões, espadas, princesas e tudo o que uma boa história medieval tem direito!
26 - Michael Foucault - Vigiar e Punir (o governadores do Rio e de São Paulo deveriam dar uma olhadinha neste livro. Talvez aprendessem algo.)
27- Frank Peretti - This Presente darkness (sempre vi livros de ficção cristã com preconceito, mas este me surpreendeu. É como se a Anne Rice virasse cristã e ao invés de escrever sobre vampiros, ela passasse a escrever sobre batalhas entre anjos e demônios. Bem melhor, né!
28 - James M. Cain - Dupla Indenização (escrito durante a depressão americana, obteve sucesso porque os leitores não estavam mais incomodados em histórias de detetives almofadinhas. Este é escrito sob a ótica do criminoso.)
29 - Agatha Christie - O caso dos dez negrinhos (Não adianta, de vez em quando têm que dar uma pausa em tudo e ler somente pela diversão. E concordo com a maioria de que este é um dos melhores livros da Agatha.)
30 - François Dosse - A história (mas não se deve nunca abandonar o trabalho!)
31 - Ernest Hemingway - The old man and the sea (um pequeno grande livro sobre a luta entre o homem e a natureza.)
32 - Sergio Buarque de Holanda - Visão do Paraíso (um dos primeiros livros brasileiros de história das mentalidades, sobre o pensamento português na época das grandes navegações. Seus medos, ilusões e fantasias sobre as terras desconhecidas ficaram registrados em mapas e livros, que o autor resgata com maestria)
33 - Bram Stoker - Drácula (um pioneiro no estilo terror. Uma obrigação pra quem gosta do estilo)
34 - Dan Brown - Anjos e demonios (apesar de ter um escrita rápida, este livro garante a diversão do final de semana. Até que gostei bastante, principalmente porque adoro história da Igreja)
35 - E. P. Thompson - Costumes em comum (poucos historiadores escrevem tão bem e têm um método e uma visão tão apurados como Thompson.)
36 - Emanuel Le Roy Ladurie - Saint-Simon: ou o sistema da corte. (Com uma linguagem irreverente (algo que nunca esperava), o autor revela o complicado sistema utilizado para definição de hierarquias na corte. Inspirador)
37 - J. R. R. Tolkien - Senhor dos aneis: a sociedade do anel (li de novo porque adoro a história)
38 0 Alfred Bosh - O atlas proibido (o autor é apaixonado por mapas e nos admirá-los a cada página)
39 - Shakspeare - Macbeth (prefiro o Hamlet)
40 - Magnus Pereira - Semeando iras rumo ao progresso (bom livro, com um boa pesquisa)
41 0 Cecilia Westephalen - O barão dos campos gerais e o comercio de tropas (biografia do cidadão. Devia ser maior.)
42 - Jacques Le Goff - São Luís (falando em tamanho! Duvido que se sabia tanto sobre o rei Luís IX da França no seu tempo.
43 - Peter Brown - Santo Agostinho (biografia que se preocupa em revelar as evolução das idéias deste grande mestre da teologia cristã)
44 - René Kivitz - Outra espiritualidade (pequenos artigos de um importante pensador evangélico)
45 - Frederick Forsyth - Ícone (nesse período de terrorismos nada como se atualizar com a literatura afim.
46 - Nick Hornby - Alta fidelidade (feito sob medida pra mim. Adoro fazer listas e adoro música, os temas do livro)
47 - Nobert Elias - A sociedade dos indivíduos (pra quem curte biografias em geral, este é um bom texto introdutório sobre a necessidade de se pensar em indivíduos)
48 - Toni Morrison - Jazz (O 300o. livro que li na vida (tirando sério vaga-lume, que li quase todos, e livros infantis. A época do Jazz foi a época de ouro da música americana.)
49 - Dashiel Hammett - O falcão maltês (um dos ícones da literatura policial noir. Bom.)
50 - Oscar Wilde - O retrato de Dorian Gray (Apesar de meio gay, o livro é muito bom. Dá pra ficar pensando um mês sobre ele...)
51 - Eric Hobsbawn - História social do Jazz (muito ilustrativo, apesar de não avançar a década de 50, quando pra mim veio o apogeu do estilo)
52 - Nobert Elias - Mozart. Sociologia de um gênio (como a genialidade estava ligada com a sociedade em que Mozart vivia é a questão principal deste livro. Gostei)
53 - Mario de Andrade - Macunaíma (Uma grande sátira da figura do brasileiro. Linguagem cinematográfica e divertida, apesar de um pouco intruncada.)
54 - Lewis Carroll - Alice no país das maravilhas (Olha o que alucinógenos podem fazer com você.)
55 - P. D. James - Mente Assassina (primeiro livro desta autora. Gostei pela descrição do sanatório e de seu cotidiano)
56 - Agripa Vasconcelos - Gongo Sôco (romance história sobre o ciclo do ouro em Minas Gerais. Tava indo pra lá e acabei descobrindo este livro. Como eu gosto de história do Brasil colonial, adorei.)