quinta-feira, agosto 20, 2009

Kathy Reichs - Cross Bones


Seguindo uma bem conhecida fórmula de histórias de detetives que mostram os procedimentos policiais, este livro está inserido no novo contexto de romances policias nos Estados Unidos. Este novo contexto é marcado por uma grande pesquisa para trazer as histórias o mais próximo possível da realidade dos procedimentos de coletar provas.
Também, há uma forte ênfase no tom histórico. Os crimes estão ligados à um objeto histórico e os detetives são doutores, historiadores da arte e outros especialistas.
Em Cross Bones, o começo é baseado em uma história real: uma foto de um esqueleto que foi descoberto em uma escavação em Massada - Israel entre 1963-65, e que nunca foi mencionada ou descrita pelo antropólogo físico ligado ao projeto.
Devido à posição das feridas no esqueleto algumas teorias começam a se espalhar. Se fala que os ossos pertenciam à Jesus.
Por causa da importância do esqueleto, quem o possuí está em perigo. Assim, a Doutora Temperance Brenan mais um detetive e um arqueologista bíblico iniciam a investigar uma morte que aparentemente está relacionada com o esqueleto de Massada. Principalmente após receber a foto dos ossos.
Seguindo as evidências até a origem de tudo, Jerusalém, Brenam pode descobrir algo que mudará a visão da história da Igreja.
Este foi o melhor livro que li da autora até agora, e com certeza, um dos melhores do estilo. Uma ótima mistura entre história e ficção, na linha do best seller Código da Vinci.

Kathy reichs - Death du Jour

Com Tempe Brennam adentramos o cotidiano de uma antropologista forence. Vários crimes ocorrem entre Montreal e nas Carolinas, onde Tempe trabalha. E possívelmente, eles estão conectados. Uma narrativa rápida, com várias situações de ação, que faz o leitor querer logo saber o final da história. O livro, como outros da autora, possui várias descrições da cena do crime e dos procedimentos criminais, principalmente àqueles ligados ao exame do corpo. Como a autora é doutora em antropologia forence, suas experiências fazem com que as descrições soem bastante reais. Pra aqueles que gostam de Patricia Cornwell e CSI, é um prato cheio. Pena que ainda há poucos livros da autora lançados no Brasil. Mas fica a sugestão!

Contágio - Robin Cook

Nunca havia lido um livro de thriller médico e sempre olhei Robin Cook com desconfiança. Porém, com esta pandemia mundial de cripe, resolvi dar uma chance ao dotor. Sim, ele é médico de profissão, o que garante o realismo dos termos e descrições das doenças. Me interessei por esse livro porque ele trata justamente de uma pandemia de vírus fatais e que historicamente produziram estragos na humanidades, como a Peste e a gripe de 1918, conhecida como gripe espanhola. No livro, faz-se inclusive a citação de uma pandemia de gripe suína nos Estados Unidos em 1976. Nunca havia ouvido falar. Esta gripe foi um caos no sistema de saúde nos states.
Mas voltando ao livro, é muito bem escrito se considerado dentro do estilo thriller. Não faltam os ingredientes de uma boa história de suspense: mistério, mortes e a boa e velha teoria da conspiração.
A medida que o autor vai contando a história eu praticamente ficava com o coração na boca, pois queria logo chegar ao fim. Como eu gosto de leitura rápida e suspense classe A, valeu muito a pena ler.
A história se foca na investigação do Doutor Jack Stapleton, médico legista em Nova York, acerca do aparecimento de pessoas mortas com vírus altamente perigosos. (Um parêntesis: o doutor Stapleton lembra bastante o doutor House da Tv). À medida que o doutor vai se aprofundando, ele descobre que está mexendo num ninho de vespas, e que sua vida corre riscos. Sua premissa parte de que algo podre com relação ao plano de saúde AmeriCare, que é dona do hospital onde se inicia as mortes.
Não me arrependi e lerei outros livros do autor. E também vale pelo assunto super atual de pandemia de vírus e sistema de saúde, com uma cutucada nos planos de saúde americanos. O autor deixa claro que a capitalização da saúde, com a propaganda e o investimento pesado em hospitais e criação de planos está levando todo o sistema de saúde americano à beira de um colapso. E acho que isto também é verdadeiro para o Brasil...