sábado, março 27, 2010


     Robert Littell é um conhecido autor de romances de espionagem. Este é o primeiro livro que leio do autor. "A companhia" é uma espécie de história romanceada da CIA. Vários fatos que aparecem no livro são reais, como a invasão à Baia dos Porcos, em Cuba, objetivando matar Fidel Castro. Outros eventos reais descrito no livro são as invasões no Oriente Médio e na URSS.
     A obra mostra as várias falhas do serviço secreto americano, desde em compreender o "campo" em que pisavam até a cultura de agentes estrangeiros. A paranóica busca de um agente duplo e até triplo infiltrado na CIA é um dos pontos que atravessam todo o livro.
    Apesar de ser longo, o livro mantém a narrativa afiada e não chega a ser cansativo. Na verdade, quando começamos a ficar acostumados com o ritmo, acontece uma reviravolta. A ação também está presente, digna das melhores obras de espionagem.
     Mais para o final do livro, lá pela página 500, tem-se a sensação de que todo o livro é formado por um conjunto de histórias separadas, mas a partir dali, as história começam a se ligar e tudo faz sentido.
      Os elementos de um grande romance de espionagem estão aqui: grande história, ideías bem desenvolvidas e complexas, personagens marcantes e muitas reviravoltas. Além disso, não falta uma dose de crítica ao serviço secreto americano que, nem de longe, foi um exemplo de serviço de inteligência, frente à outros como a russa KGB, as israelense Mossad e o britânico MI-6.

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